Editorial – Agosto 2025
Estamos vivendo tempos desafiadores no mundo e no Brasil em particular. O avanço de políticas protecionistas, que redesenham fluxos comerciais e cadeias produtivas, exige dos fornecedores do setor de óleo e gás capacidade de adaptação e visão de longo prazo.
Mais do que uma questão de mercado, o fornecimento assume caráter estratégico, pois define a autonomia tecnológica e a competitividade de um país em áreas críticas como energia.
Nesse cenário, a política de conteúdo local mostra sua força. Ao estimular a presença de fornecedores nacionais, o Brasil não apenas amplia sua base industrial, mas também assegura benefícios duradouros, como inovação, emprego e desenvolvimento regional.
Experiências internacionais confirmam essa importância: a Noruega consolidou um parque de fornecedores de excelência vinculado ao Mar do Norte, enquanto o Reino Unido conseguiu estruturar uma rede de empresas que hoje exporta tecnologia e serviços para diversos mercados.
A lição que emerge desses casos é clara: o conteúdo local, quando implementado com critérios técnicos e transparência, gera competitividade e atrai investimentos.
Para o Brasil, este é um momento de transformar as dificuldades impostas pelo protecionismo em impulso para consolidar sua cadeia de fornecedores, ampliar sua inserção global e garantir desenvolvimento de longo prazo.
Nós na ONIP temos o compromisso de atuar em parceria nesse processo, articulando esforços para que o setor de óleo e gás continue sendo motor de inovação, emprego e crescimento sustentável.
Eduardo Eugenio Gouvea Vieira, Presidente do Conselho da ONIP
Opinião, Entrevistas e notícias do setor do óleo e gás