Relatório de Atividades | ONIP - 2023

O mundo finalizou 2023 com duas guerras graves ameaçando o instável balanço de oferta-demanda de petróleo e gás natural: a Guerra da Rússia/Ucrânia, que completará em breve dois anos, e o conflito Hamas/Israel iniciado em outubro, ambos provocando uma acomodação em patamar mais elevado dos preços de petróleo no ano de 2023, com um preço médio para o Brent de 82USD/bbl.

 

Se em 2022 a Guerra da Ucrânia operou uma verdadeira transformação do setor de gás natural europeu – que passou de importador do gás russo a importador de GNL, além de alterar as transações e rotas comerciais de petróleo, derivados e seus estoques –, o ano de 2023 pareceu tender a uma estabilização
das parcerias comerciais com um alinhamento geopolítico, em parte, orientado pela guerra, o que refletiu numa volatilidade menos acentuada dos preços.

 

Entretanto, a conjuntura econômica mundial, afetada pela pressão inflacionária, e os fortes eventos climáticos acrescentam doses maiores de incerteza para um setor que exige um planejamento de
longo prazo.

 

Ainda assim, segundo avaliação da Agência Internacional de Energia (AIE), a oferta global de petróleo deve expandir em 1,7 milhão de barris por dia (bpd) em 2023, para o nível recorde de 101,8 milhões de bpd, devido, em parte, ao forte avanço da produção nos Estados Unidos e à contribuição do Brasil e da Guiana.

 

Em relação à oferta global de petróleo para 2024, a AIE (Agência de Informação de Energia) em sua previsão considera uma média de 103,4 milhões de bpd. Quanto à demanda por petróleo, a agência elevou suas projeções para 102,9 milhões de bpd no próximo ano.

 

Espera-se que a conjuntura mundial ofereça uma oportunidade única de crescimento para o Brasil, na medida em que se projeta um aumento da demanda de petróleo, ainda que em ritmo menos acelerado. Somado ao potencial que o desenvolvimento das reservas da Margem Equatorial brasileira tem de atrair investimentos e parceiros comerciais, bem como as possibilidades de se estimular cadeias de suprimento regionais, configura-se uma perspectiva promissora para a indústria brasileira de bens e serviços, principal foco de atuação da ONIP.

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