Licença para perfuração na Margem Equatorial é passo importante para a soberania energética e o fortalecimento da indústria nacional

A Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) considera positiva a concessão da licença do Ibama que autoriza a Petrobras a perfurar um poço exploratório na Margem Equatorial brasileira, no bloco FZA-M-059, localizado em águas profundas do Amapá.

A decisão representa um avanço estratégico para o país, ao possibilitar o conhecimento mais preciso do potencial de reservas dessa nova fronteira exploratória e reforçar a segurança energética do Brasil no longo prazo.

O desenvolvimento de novas fronteiras é essencial para garantir a continuidade da produção de petróleo e gás natural nas próximas décadas, diante do declínio natural das bacias de Campos e Santos previsto a partir de 2030. Ademais, a exploração responsável da Margem Equatorial cria oportunidades para toda a cadeia produtiva nacional, promovendo inovação tecnológica, geração de empregos qualificados e fortalecimento do conteúdo local.

O potencial estimado pela ANP, de cerca de 30 bilhões de barris de óleo equivalente, reforça a relevância de ampliar o conhecimento geológico e de planejar políticas industriais que estimulem a participação de fornecedores brasileiros em todas as etapas da cadeia de valor. Entendemos que o avanço dessas atividades deve ocorrer em conformidade com os mais altos padrões ambientais e regulatórios, reconhecendo o histórico de excelência operacional e de segurança da indústria brasileira de óleo e gás.

A confirmação do potencial da Margem Equatorial trará impactos socioeconômicos expressivos, com incremento na arrecadação de royalties e tributos, estímulo à infraestrutura portuária e industrial e promoção do desenvolvimento regional, especialmente no Norte do país. Esses resultados dependem de um ambiente de cooperação entre governo, indústria e sociedade, capaz de alinhar crescimento econômico, transição energética e sustentabilidade.

Com uma das matrizes mais limpas e diversificadas do mundo, o país amplia a integração entre fontes renováveis e de baixo carbono, fortalecendo a segurança do abastecimento, a competitividade industrial e a soberania nacional.

A decisão do Ibama é, portanto, um passo importante para o futuro do setor e para a consolidação do Brasil como referência em energia segura, sustentável e com forte base industrial. As novas fronteiras exploratórias, como a Margem Equatorial, representam oportunidades concretas para impulsionar a indústria nacional, ampliar a participação de fornecedores brasileiros e consolidar o país como protagonista na construção de uma economia de baixo carbono.