Relatório de Atividades | ONIP - 2024
A Organização Nacional da Indústria do Petróleo completou 25 anos de atividades, iniciadas em 1999. Dois anos antes, a Lei do Petróleo acabara com o monopólio, abrindo o mercado brasileiro para a exploração, produção, pesquisa e refino de petróleo e gás natural por outras empresas, inclusive estrangeiras. Era, então, necessária a existência de uma entidade que atuasse pela melhoria da competitividade e pela maior participação das indústrias brasileiras de bens e serviços no mercado de petróleo & gás.
A ONIP vem cumprindo este papel, em benefício do fortalecimento das empresas nacionais destemercado. Um excelente indicador de nossa representatividade com esta atuação é a presença deassociados da maior relevância, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), além das principaisentidades estaduais representantes do setor industrial.
Em 2024 a ONIP prosseguiu na sua incansável defesa da indústria nacional e das atividades do setor deO&G. Marcou presença nos principais eventos nacionais e internacionais de nosso mercado, como a OTCHouston e a Macaé Energy, no Rio de Janeiro. Também se engajou ativamente na defesa da exploraçãoda Margem Equatorial.
Estamos diante do cenário de aumento do consumo global de energia no Brasil, em que o macro-desafiodo setor de O&G é manter a atividade de forma robusta, suprindo a segurança energética do país, emcompasso com a diversificação da matriz. A importância da transição energética é inegável, mas mesmoem uma economia de baixo carbono, é inevitável a utilização de fontes fósseis ainda por um bom tempo.
A cadeia produtiva nacional enfrenta desafios adicionais: o custo de capital elevado; a concentração decompras internacionais em estaleiros asiáticos; o alto índice de importação de bens e a redução dasatividades de exploração com poucas novas descobertas. Como consequência, a participação da indústrianacional neste mercado, que é um dos principais motores da economia brasileira, não contempla umafatia relevante das encomendas relacionadas aos grandes projetos.
Por outro lado, com a perspectiva de uma nova fronteira como a Margem Equatorial, o Brasil permanece atrativo para a atividade de óleo e gás, servindo como estímulo para a indústria brasileira fortalecer sua competência, inovação tecnológica e competitividade, inclusive diante da Reforma Tributária.
Para os próximos anos, a expectativa da ONIP é a de intensificar a sua atuação para que a indústria nacional participe de forma cada vez mais relevante no mercado de petróleo & gás, bem como no das outras fontes de energia. Para somar esforços nesse projeto de superação dos atuais e novos desafios, todos são muito bem- vindos!
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Presidente do Conselho Deliberativo da ONIP