Setembro foi marcado por avanços significativos para a indústria de óleo e gás no Brasil. O país ultrapassou a marca histórica de cinco milhões de barris de petróleo e gás por dia; o pré-sal consolidou sua participação crescente no mix de produção; e a Agência Nacional do Petróleo tem uma nova diretoria, trazendo perspectivas de modernização regulatória e maior diálogo com a cadeia produtiva.

Além dos recordes de produção, um tema atual merece ser ressaltado: as oportunidades no segmento Naval & Offshore, impulsionadas pela agenda de descomissionamento e reciclagem de ativos. O Brasil se prepara para uma nova fase de atividades, que exigirá competências técnicas, capacidade industrial e soluções inovadoras para dar destino sustentável a poços, plataformas e estruturas que chegaram ao fim de seu ciclo produtivo.

Esse movimento abre espaço para estaleiros, fornecedores e prestadores de serviços que estejam aptos a atender às demandas regulatórias e ambientais, ao mesmo tempo em que reforça a importância de avançarmos em definições tributárias e aduaneiras que deem segurança jurídica a essas operações.
A construção de uma indústria sólida de descomissionamento e reciclagem no país pode não apenas reduzir custos e riscos, mas também gerar empregos, estimular cadeias locais e colocar o Brasil em posição de destaque internacional.

A ONIP acompanhará de perto essa agenda, promovendo o diálogo entre empresas, governo e sociedade. Nossa convicção é de que o futuro da indústria passa por aliar eficiência, inovação e sustentabilidade, e o descomissionamento é hoje uma das frentes mais promissoras para colocar esses valores em prática.

Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, Presidente do Conselho da ONIP