A diretora-geral da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Cynthia Silveira, participou da terceira edição do FPSO Symposium, organizado pela SPE (Society of Petroleum Engineers (SPE) sessão Macaé e SPE Brazil, evento realizado no Rio de Janeiro nos dias 26 e 27 de setembro e que abordou temas ligados à construção, financiamento e melhores práticas de operação de FPSO.

A executiva da ONIP presidiu, junto com Vinicius Matos, gerente de Tecnologias em Engenharia de Superfície da Petrobras, a Sessão 4 – “New Technologies Improving the New FPSOs”, realizada na sexta-feira (27/9), que convidou especialistas para debater as tecnologias relacionadas à redução da pegada de carbono, automação de FPSOs e os novos modelos de operação no contexto da transição energética.

“O SPE Brazil FPSO Symposium é um evento altamente técnico e de um nível bastante elevado de palestrantes e audiência, porque é principalmente voltado para os FPSOS, que são, na verdade, o maior investimento feito pelas empresas de petróleo e gás. Um FPSO de grande porte, da nova geração, ultrapassa US$ 5 milhões em investimento “, observa a diretora-geral da ONIP.

Segundo a executiva é importante que a indústria nacional e a cadeia brasileira de fornecedores de produtos e serviços acompanhe as novas tendências e as tecnologias mais atuais que estão sendo e serão embarcadas nos novos FPSOs. 

“Para as companhias de petróleo, as plataformas do futuro precisam produzir o primeiro óleo mais rápido, de forma mais limpa, segura e mais eficiente, com menor pessoal a bordo. É preciso que a indústria nacional esteja atenta, para fabricar os equipamentos localmente e ter mão de obra treinada”, explica a executiva da ONIP.

“Algumas tecnologias que serão utilizadas por exemplo: o uso do ciclo combinado na geração de energia e o conceito de plataformas totalmente elétricas (all electric);a captação dos gases de escape, para a redução cada vez maior das emissões de gases; e o uso cada vez mais frequente de robôs nas inspeções das plataformas”, avalia, lembrando que o Brasil tem um programa robusto de instalação de FPSOs nos próximos 10 anos. Cerca de metade dos FPSOs que serão instalados no mundo, serão localizados no Brasil.

“É importante que essas plataformas sejam concebidas, desde a engenharia, no Brasil, e que sejam nelas instalados, na medida do possível, o maior número de equipamentos fabricados no país”, observa.

Durante a Sessão foram realizadas as palestras:

“Future Vision of FPSOs: Advancing Emission Reduction”, por Boyd Howell (MODEC Director of Business Development) e Arun Duggal (SOFEC President & CEO)

“Scaling Autonomous Robotics for FPSO Operations”, por Rodrigo Nunes Ferreira (SLB Digital BD Manager) e Fabio Camargo Anhaia (Rockwell Automation Digital Manager)

“Building the FPSO future vision from Petrobras”, por Marcelo Correa Brochado (Petrobras FPSO Innovation Portifolio Manager) e Bruno Coccaro Pivatto (Petrobras Process Engineer)

“Equinor FPSOs new technologies”, por Vinicius Carvalho (EQUINOR Project Manager).

Este é o segundo ano que a ONIP participa do SPE Brazil FPSO Symposium, que conta com o apoio institucional da ONIP. “Na edição do ano passado participamos como palestrante. É prioridade da ONIP contribuir para o fortalecimento da indústria nacional.