ONIP participa de Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20

A diretora-geral da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), Cynthia Silveira, participou, nesta quarta-feira (14/08), no Rio de Janeiro, da primeira das quatro rodadas de agendas paralelas do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20, o Diálogo G20.

Promovido pelo Ministério de Minas e Energia (MME), o evento teve como objetivo aproximar representantes do setor privado brasileiro, da sociedade civil, das universidades e vários outros atores interessados na agenda de ação energética das mensagens principais e dos resultados que o Brasil está alcançando no contexto das negociações dentro do G20.

Na abertura da primeira edição do Diálogo G20 – Transições Energéticas, foram apresentadas as prioridades do Brasil na agenda de transição energética durante a presidência do G20. Em seguida, foram conduzidos debates com o público presente sobre o acesso ao financiamento para a transição energética – com foco principalmente nos países em desenvolvimento e economias emergentes -, a dimensão social da transição energética, para que ela seja justa e inclusiva, e a importância de uma abordagem integrada para os combustíveis sustentáveis, as três prioridades principais do Brasil nas discussões sobre a temática.

Representando as associadas da ONIP, Cynthia Silveira destacou os temas prioritários para a Organização: a utilização do gás natural como principal insumo da transição energética, a definição de regras e patamares de conteúdo local, e a exploração de petróleo na Margem Equatorial.

“Com a exploração e produção de petróleo na Margem Equatorial, os estados das regiões Norte e Nordeste poderão ter uma atividade econômica que poderá gerar muitos royalties para a região, e também contratar bens e serviços a nível local. Esses recursos advindos de royalties do petróleo ajudariam na preservação das florestas e no desenvolvimento socioeconômico da região”, destacou a executiva da ONIP, lembrando que, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a partir de 2031 a produção de petróleo no país começa a cair, e em 2034, o país se tornará importador de petróleo, caso não ocorra a exploração em novas fronteiras.  

A executiva da ONIP observou ainda que o financiamento da transição energética precisa passar pela produção de petróleo em novas fronteiras exploratórias no caso do Brasil. 

“De acordo com a EPE nos últimos anos as maiores descobertas de petróleo e gás natural foi no hemisfério sul, havendo portanto uma aliança natural a ser reforçada entre os países da África e América Latina e o Brasil”, afirmou. 

Os seminários regionais do “Diálogo G20 – Transições Energéticas” serão realizados ao longo do segundo semestre de 2024, nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Natal (RN) e Brasília (DF).