ONIP e ApexBrasil promovem reunião de follow-up com empresas que participaram da OTC 2024

A Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) promoveram, nesta segunda-feira (3/6), uma reunião de follow-up com as empresas que participaram do Pavilhão Brasil na Offshore Technology Conference 2024 (OTC), em Houston, nos Estados Unidos, neste ano.
A proposta do debate foi fazer um balanço da participação brasileira no evento, ouvir e receber sugestões para aprimorar e estruturar ações para ampliar a visibilidade das empresas brasileiras dentro da OTC e planejar a presença brasileira em outros eventos do setor no mundo.
Participaram representantes das empresas: Altave, BR2W, Camorim, Carvalhão, Conexled, Gascat, Inovarem, Instrumatic, Itcom, MRM Logistics, Ocyan, R1 Asset Integrity e Webnordeste.
A Apex-Brasil levou 53 empresas brasileiras para compor o pavilhão do Brasil no evento, que contou com 556 m2 de área no estande. Foram 1.165 delegados brasileiros, sendo a 3ª maior delegação internacional, atrás apenas de China e Nigéria. O Pavilhão Brasil contou, neste ano, com o patrocínio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Porto do Açu.
A coordenadora de Investimentos Estrangeiros em Inovação da Apex-Brasil, Hanna Tatarchenko Welgacz, destacou a importância do setor de petróleo e gás para a economia brasileira.
“O setor de petróleo e gás é de extrema importância para a economia brasileira. A Apex-Brasil está empenhada em encontrar sempre a melhor estratégia para promover o produto brasileiro”.
Para Hanna, a presença em eventos internacionais amplia a visibilidade das empresas brasileiras e as coloca em contato com novos compradores.
De acordo com ela, a OTC, hoje, tem uma vocação mais abrangente, tendo como tema, além da indústria de petróleo e gás, a segurança e a transição energética.
“Muitos eventos, no mundo todo, estão caminhando para esse perfil”, avaliou.
“Agradecemos a parceria da ONIP. Com certeza é uma organização que representa muito bem as empresas de petróleo e gás”, disse.
Durante o encontro virtual, a diretora-geral da ONIP, Cynthia Silveira, destacou a relevância do Brasil para o mercado internacional, as oportunidades comerciais e de investimentos e as oportunidades de expansão das empresas brasileiras em mercados globais do setor de petróleo e gás.
“A proposta da ONIP é reforçar, junto com a Apex-Brasil, a importância de darmos foco ao setor de bens e serviços de petróleo e gás que pode ser uma plataforma de exportação mais forte do país. Existe um universo de empresas internacionais em busca de no Brasil não só para desenvolver e fornecer tecnologias, mas às vezes para fazer treinamento de operação de equipamentos e produtos. Isso pode proporcionar melhoramentos dos parâmetros tecnológicos e de inovação que podem possibilitar às empresas brasileiras responder a demandas de outros países”, avaliou.
A executiva lembrou que a organização foi a primeira organizadora do Pavilhão Brasil na OTC e é parceira da Apex-Brasil há muitos anos.
“O apoio da Apex-Brasil é fundamental para a internacionalização das empresas brasileiras. É na presença constante do Brasil nesse eventos que conquistamos a confiança do mercado internacional”, destacou.
Aloysio Pereira de Mello, diretor de negócios Ocyan, destacou a pluralidade das empresas brasileiras no Pavilhão Brasil.
“Esse mix funciona muito bem e dá uma ideia do que o país pode fornecer para o mercado internacional”, afirmou, acrescentando que a OTC é sempre uma grande oportunidade de fazer networking com empresas internacionais que podem render parcerias e contratos, no futuro.
Mello destacou a ausência das grande majors no evento. “As operadoras hoje não querem associar seu nome ao petróleo e gás e isso faz falta no desenvolvimento dos negócios. Afinal são elas que contratam”, avaliou.
Miriam Silva, da Carvalhão, contou que a empresa participa da OTC e do Pavilhão Brasil desde 2019.
“A presença em eventos internacionais como a OTC é uma forma de entrar em outros mercados “, avaliou.
Pela primeira vez participando da OTC, Raquel Piani, da Altave, disse que valeu a pena estar no evento.
“Foi um ótimo evento. Não teríamos ido sem a Apex-Brasil. Trouxemos muitos contatos “, contou, acrescentando que as empresas brasileiras têm se destacado e tido um bom retorno em outros eventos internacionais, como a ADIPEC (Abu Dhabi International Petroleum Exhibition & Conference), realizada nos Emirados Árabes Unidos.
Para Guilherme Brauniger, da Inovaren Partners, a presença da empresa na OTC já está rendendo bons frutos.
“Já estamos conversando com duas empresas, uma de Singapura e outra dos Estados Unidos, com interesse de desenvolver no Brasil tecnologias que não existem no país”, contou, acrescentando que as negociações já estão em fase avançada.
Tatyana de Oliveira, da Endserv, contou que, no primeiro dia do evento, uma empresa do Oriente Médio visitou o estande da empresa por conta da participação em um evento que aconteceu no ano passado.
“Eventos como a OTC são importantes para estreitar relacionamentos com empresas”, destacou.
Pela terceira vez na OTC, Gênesis Gonsalves, CEO da R1 Asset Integrity, elogiou o pavilhão brasileiro, destacando a localização e a visibilidade do estande:
“Estava impecável. O volume de visitas foi muito legal. Temos no pavilhão um grupo seleto de empresas representando o Brasil”.
Sobre a ONIP – O fortalecimento da indústria brasileira de petróleo e gás é uma das prioridades da ONIP. A organização completou, no dia 31 de maio, 25 anos de atuação. Criada em 1999, logo após a
Lei do Petróleo e da abertura do mercado de exploração e produção, a ONIP trouxe, ao longo dos anos, a legítima preocupação com o desenvolvimento permanente da cadeia de suprimento, com a capacitação de mão-de-obra, com a evolução científica e tecnológica, e com a atração de investimentos para o Brasil. A organização acredita que uma indústria competitiva pode alcançar níveis de internacionalização mais elevados que possam gerar negócios e empregos capazes de fortalecer a economia do país.